Veiculado originalmente em Prefeitura de Juiz de Fora
Brincadeira é coisa séria! O alerta parte de especialistas e educadores infantis, que apontam o brincar como atividade essencial na constituição da integridade humana. Por meio das brincadeiras, as crianças desenvolvem valores, compreendem o mundo à sua volta, constroem autoconceito e simulam a vida adulta. Para aprofundar um pouco mais essa discussão, a Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa) promove nesta quarta-feira, 18, a live “A importância do brincar”, com participação do brincante Mestre Roquinho, de Belo Horizonte, e da pedagoga e ativista brincante, Jacqueline Lopes, que integra a Aliança pela Infância. A transmissão acontece pelo Facebook Funalfa Cultura, a partir das 19h, com mediação da chefe de Gabinete da Funalfa, Maria Luiza Igino Evaristo.
Esta será a segunda live de uma sequência de quatro programadas para este ano sobre o tema. A primeira edição aconteceu em maio, durante a Semana do Brincar que, desde 2017, é parte do calendário oficial do município. “Trata-se de uma estratégia traçada pela Funalfa para sensibilizar a sociedade sobre a importância da cultura na infância e a essência do brincar”, afirma Maria Luiza. Coordenadora e organizadora da Semana Mundial do Brincar em Juiz de Fora, desde 2011, Jacqueline Lopes afirma: “Somos de natureza lúdica. Em seu livro ‘Homo Ludens’, Johan Huizinga desenvolve a convicção de que é no jogo e pelo jogo que a civilização surge e se desenvolve.”
Jacqueline defende que o brincar é o trabalho da criança e que, por ser elemento constitutivo da infância, deve ser reconhecido como um direito. Ela acrescenta que é importante também reivindicar a retomada de espaços públicos para o livre brincar, preferencialmente junto a elementos naturais. “Que tenhamos um olhar cuidadoso para o pós-pandemia e os cuidados com o brincar, visto que é pelo seu exercício livre que as crianças recriam e elaboram suas realidades. O brincar é uma das formas de criar mundos.”
O segundo convidado da live, Roque Antonio Soares Junior, define-se como brincante e observador da “Cultura da Infância” (brinquedos e brincadeiras tradicionais da infância brasileira). É membro fundador do Carretel Cultural, um organismo empresarial empenhado nas questões ligadas à educação, à cultura da criança e à cultura brasileira. Desenvolve ao longo dos últimos 20 anos práticas, reflexões e registros acerca do brincar como traço elementar da cultura e identidade de um povo e sobre a importância do brincar para a plenitude do desenvolvimento humano.