É durante o momento da brincadeira que as crianças elaboram hipóteses, exploram o mundo, estabelecem relações com o outro, descobrem o próprio corpo além de elementos da natureza e se desenvolvem. Com o objetivo de promover o brincar como linguagem essencial da infância, a Rede Marista de Solidariedade, por meio do Centro Marista de Defesa da Infância, lança a série de vídeos “Brincadiquê? Pelo Direito ao Brincar”.
A Aliança pela Infância, que tem como missão atuar pela sensibilização da sociedade sobre a importância de uma infância digna e saudável, promovendo o desenvolvimento de seres humanos capazes de construir uma sociedade fundada na cultura de paz, na sustentabilidade ambiental e no respeito a todas as diferenças, já divulgou a série de vídeos, mas iremos relembrar os principais pontos dos cinco capítulos nessa matéria.
Cada episódio traz entrevistas e reflexões acerca do Direito ao Brincar e da necessidade dessa experiência lúdica para uma educação de qualidade. A série foi gravada em salas da Educação Infantil e do primeiro ano do Ensino Fundamental dos municípios contemplados pelo projeto homônimo à série e também dentro da própria Rede Marista de Solidariedade e da Rede Marista de Colégios.
No primeiro vídeo, especialistas como a pedagoga Aline Paes, o arte-educador Leandro Medina e o artista plástico e conselheiro da Aliança pela Infância Gandhy Piorsky, defendem que, nesse período de interação, criação e experimentação que é a infância, as crianças são produtoras de cultura a partir dos repertórios com os quais entram em contato.
Já o segundo episódio, que tem como tema “O Brincar como linguagem promotora da aprendizagem”, apresenta o Brincar como uma finalidade em si, e não como um meio ou metodologia. Segundo o pedagogo Gabriel Junqueira, usar a brincadeira para ensinar conteúdos, seja de matemática, história ou geografia, desrespeita o fato dessa ser um objeto de conhecimento, com estruturas e regras próprias de funcionamento.
Sob o tema ‘Espaçostempos para o Brincar na escola’, o terceiro vídeo da série defende que é imprescindível inserir o Brincar dentro da rotina, que deve contar com a participação das crianças para sua elaboração, assim como precisa ter um espaço livre para que cada um decida o que quer fazer, como uma forma de estimular a tomada de decisões desde cedo.
O quarto vídeo traz a reflexão do arte-educador Leandro Medina, que citou a frase “A gente não deixa de brincar porque envelhece; a gente envelhece porque deixa de brincar”, de um pensador inglês, para explicar que apesar da brincadeira ser própria do homem, as pessoas vão perdendo a noção, com o envelhecimento, de que é isso que dá brilho à alma. Esse capítulo tem como tema “O adulto brincante e mediador de brincadeiras com as crianças”.
O quinto e último vídeo da série, com o título “A produção das brincadeiras e os territórios”, apresenta especialistas e educadores que defendem a importância das crianças pensarem durante as brincadeiras, criando seus próprios brinquedos ao invés de somente interagir com objetos prontos.
Todos os vídeos estão disponíveis no canal do YouTube da Rede Marista.
