Inspirações e experiências

2022

Em defesa da democracia, em defesa da infância

9 de janeiro de 2023

Depois de já termos nos declarado totalmente alinhados à Rede Nacional Primeira Infância (RNPI), enquanto movimento em defesa da infância, diante dos graves atentados à democracia realizados em Brasília e de tentativas semelhantes em outras localidades brasileiras, queremos reiterar nosso posicionamento de indignação e repúdio a esses atos inexplicáveis pelos princípios do direito.

Há muitas formas de olhar para o futuro de nossas crianças e quebrar o ciclo de desigualdade social e degradação ambiental no país em que vivemos. Nenhuma delas é através de atos antidemocráticos e de gestos que promovam a violência, a depredação de patrimônios públicos e a instabilidade da democracia. 

A violência é alimentada má fé cria ambientes de ódio e instabilidade que não fazem bem à sociedade. Ao contrário, geram sofrimento, sentimento de impotência, mal-estar psíquico, moral e até físico, sobretudo às crianças que assistem a esses desvarios. A intolerância, ainda que restrita ao campo das ideias e das palavras, enfraquece a nossa capacidade anímica de gestar o novo e sonhar o futuro para as nossas crianças.

Todas as crianças merecem crescer com valores e atitudes que promovam o respeito, o diálogo e a tolerância. Todos nós – adultos e crianças – temos o direito de ser protegidos contra a violência e o crime. Os atos de terrorismo praticados ontem em Brasília demonstram o contrário.

Somos um povo marcado por sofrimentos e memórias obscuras de escravidão e desigualdade, mas também somos um povo da solidariedade e dos afetos, das artes, das culturas e das festas em seu estado mais pleno. Somos um povo diverso e estamos aprendendo que democracia é um bem a ser cuidado por todos e todas.

Assim, acreditamos que adultos e crianças precisam de liberdade, sim, mas também de limites que nos protejam. É responsabilidade de todos os adultos resguardar pactos sociais, resguardar as crianças da violência, para que elas possam estar no mundo com sua plena potência, vivendo seus atos essenciais, imaginando e criando novos mundos possíveis. 

Por isso, nada de silêncio, nem acomodação. Nesse momento é preciso dar um basta, que eduque para o respeito às instituições, fruto da caminhada civilizatória que não admite retrocessos. A Aliança pela Infância seguirá trabalhando pela infância com seriedade e respeito às instâncias políticas e decisões eleitorais, como temos feito nas últimas duas décadas. 

Viva a infância brasileira, viva a nação criança que merece viver a cidadania em sua plenitude.

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