Vivemos em nosso país um momento desafiador de embate de ideias e visões de mundo conflitantes, nas diversas instâncias de participação política. Expressões de intolerância e beligerância entre os brasileiros tornam-se cada vez mais frequentes, dificultando a consecução do nosso objetivo de inspirar a sociedade para a proteção e o cuidado amoroso da infância, que é parte essencial da existência de cada pessoa.
Nossas crianças precisam de pessoas que possam respeitar e adultos cujos exemplos e autoridade amorosa possam seguir. Acreditamos que todas elas têm o direito de sonhar e crescer em seu próprio tempo; errar e ser desculpadas e serem protegidas da violência e da fome.
Adultos em guerra, na família ou na sociedade, geram sofrimento, sentimento de impotência e cicatrizes dolorosas no mundo infantil. A intolerância, ainda que restrita ao campo das ideias e das palavras, enfraquece a nossa capacidade anímica de gestar o novo e sonhar o futuro para as nossas crianças.
“Se as guerras nascem na mente dos homens, é na mente dos homens que devem ser erguidas as defesas da paz”, declara o Ato Constitutivo de criação da Unesco (1945). Assim, em defesa da infância, fazemos um chamamento aos adultos que compõem a sociedade brasileira para o fortalecimento de ações e comportamentos em sintonia com a paz em nossas mentes e corações. Clamamos por mais atenção, responsabilidade e serenidade no trato das relações interpessoais, políticas e institucionais, nos diversos campos de construção do bem-comum do nosso país.
De nossa parte, frente a este momento tão difícil da vida nacional, prosseguiremos trabalhando pela causa da infância com seriedade e constância, como temos feitos nas últimas duas décadas. E continuaremos a nos posicionar com assertividade em defesa da paz, no firme propósito de realizar o objetivo expresso no art. 3º da Constituição Federal: construir uma sociedade livre, justa e solidária.
Aliança pela Infância
