A Aliança pela Infância acredita que o espírito da infância necessita de proteção e cuidados, pois é parte essencial da existência de cada pessoa.
É através de uma infância plena e sadia que se promove o desenvolvimento de seres humanos capazes de construir uma sociedade fundada na cultura de paz, na sustentabilidade ambiental e no respeito a todas as diferenças.
No mês de setembro, o Movimento traz à luz a Campanha Setembro Amarelo, para falar sobre saúde de crianças e adolescentes, como também sobre as responsabilidades de pais, cuidadores e profissionais do universo infanto-juvenil.
O Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio acontece no dia 10 de setembro. Porém, desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), estabeleceram que este se tornaria o mês oficial da Campanha Setembro Amarelo para o assunto ganhar espaço para estudos, eventos e campanhas de prevenção.
Apesar do tema no universo infantil ser pouco falado, os números preocupam. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), entre 2002 e 2012, houve um aumento de 40% na taxa de suicídio entre crianças e adolescentes de 10 a 14 anos e de 33,5% entre a faixa etária de 15 a 19 anos. De acordo com o Centers for Disease Control and Prevention, pelo menos duas crianças entre 5 e 11 anos de idade a cada 1 milhão morrerão por suicídio.
Os resultados são inquietantes e colocam algumas questões importantes para os cuidadores e profissionais que atendem o público jovem e infantil: o que faz uma criança ou adolescente pensar em terminar com a própria vida? Ou ainda, reformulando a pergunta; o que faz uma criança/jovem tomar uma medida extrema para acabar com seu sofrimento?
Cada caso é muito particular e precisa ser verificado de perto por profissionais da saúde física e mental. No entanto, alguns fatores podem ser condicionantes para agravar o quadro. De acordo com a comunidade científica, por exemplo; depressão severa, fortes alterações de humor, tragédias familiares e violência familiar, física e psicológica por parte dos cuidadores.
Sinais de alerta
Os números de tentativas de suicídio entre os jovens é muito mais elevado do que a concretização do ato. Esse índice indica uma mudança na cultura do silenciamento sobre as doenças mentais e o suicídio. Tanto no momento de registrar as causas do adoecimento ou atendimento hospitalar de jovens e crianças por profissionais da saúde, quanto na presença do tema nas conversas entre educadores, familiares e profissionais de saúde.
A Aliança pela Infância recomenda a escuta e o acolhimento de crianças e jovens, como também o encaminhamento responsável e voluntário de crianças e adolescentes para profissionais de saúde que possam avaliar o quadro de sintomas e orientá-los de maneira amorosa e adequada. Lembrando que nossa Carta de Princípio começa falando sobre direitos subjetivos da criança, que representam uma proteção contra a vulnerabilidade espiritual e emocional: aprender sobre as coisas essenciais da vida; sobre o mundo dos céus e da terra, sobre o que é bom, belo e verdadeiro; amar e ser amado; aprender a confiar; ser verdadeiro; festejar com risos e alegrias.
Informe-se
Conheça o site oficial da Campanha Setembro Amarelo. E acesse a Cartilha Informando para Prevenir elaborada pela Associação Brasileira de Psiquiatria.
Imagem: Steppinstars via Pixabay