Saiba mais sobre o tema “Casinhas das Infâncias”

4 de maio de 2021

Em 2021, a Semana Mundial do Brincar acontecerá entre os dias 22 e 30 de maio, com o tema “Casinhas das infâncias”. Qualquer pessoa pode participar, criando e executando ações. Em breve, também disponibilizaremos em nosso site os materiais de identidade visual da Semana e um formulário para quem realiza atividades; com as informações enviadas vamos fortalecer a divulgação em nossos canais também. Leia mais sobre o tema escolhido para este ano: 

 

É natural das infâncias imaginar novos mundos e criar beleza com o brincar, arrumar, enfeitar, colorir. Mas, neste momento de pandemia, a Aliança pela Infância entende como essencial fortalecer o brincar infantil, especialmente a atividade lúdica que expressa as necessidades de proteção e acolhimento das crianças. Um exemplo desse tipo de brincadeira é o faz de conta das Casinhas das Infâncias – tema escolhido para a Semana Mundial do Brincar, que este ano acontece entre os dias 22 e 30 de maio, por todo o Brasil.

A casa sempre foi um espaço de brincar da criança, mas especialmente por conta da pandemia e a necessidade de passarmos um bom tempo resguardados, também seus cômodos têm se ressignificado, bem como as possibilidades de explorar objetos cotidianos e olhar para práticas rotineiras que dizem muito sobre nós mesmos, mas que em outros tempos passavam despercebidas.

Castelos de areia, esconde-esconde, cabana de lençol, casa na árvore – enfim, tudo pode acontecer nos diversos espaços em que as crianças se sentem livres para brincar. Em termos simbólicos, a casa é a fortaleza do humano. Todos nós precisamos de um ambiente onde nos sentimos seguros, acolhidos e pertencentes para nos proteger, refazer e nos fortalecer. Assim, nesta edição da SMB, pretendemos despertar o olhar amoroso dos adultos para um brincar que produz no coração das crianças o sentido de acolhimento e proteção, que é familiar, comunitário, intergeracional, popular, tradicional.

Com este mote, esperamos ver a inspiração emergir e a memória vir à tona, trazendo uma diversidade de manifestações culturais e artísticas, seja pelas características regionais das infâncias deste vasto Brasil ou pelo legado transmitido de geração em geração, dos brinquedos e brincadeiras passadas de pais para filhos. Um brincar que reflete a cultura das infâncias porque é ancestral, não se ensina, mas se carrega nas cantigas e histórias, nos objetos da casa, nos brinquedos inventados, na poesia distraída do cotidiano.

Valorizar a casinha, a casa e as tradições do brincar em família, das brincadeiras, cantigas e jogos lúdicos passados de geração em geração é a proposta desta SMB 2021. E todo mundo pode participar, criando e executando ações. Não é necessário pedir autorização; basta fazer, registrar a atividade e marcar a Aliança pela Infância nas redes sociais, com as hashtags #smb2021 e #semanamundialdobrincar.

A Semana Mundial do Brincar também encontra na imagem do brincar de casinha uma referência para olhar essa imaginação do que pode vir a ser e que vai organizando o mundo pela vontade das crianças. O brincar que tem acontecido prioritariamente em casa, mas que possui tantas configurações quanto existem realidades e infâncias diversas no nosso Brasil.

Com essa imagem, entendemos as manifestações lúdicas do universo cultural das infâncias brasileiras como formas de cuidado e convivência, que podem curar e fortalecer a alma nesse momento de pandemia e turbulências.

Aqui vão alguns olhares que podem inspirar percursos de reflexão e ação pelo tema “Casinhas das Infâncias”

  • O brincar que representa papéis sociais

Que tal desenvolver atividades que promovam uma reflexão leve e gentil sobre o exercício dos papéis sociais representados no brincar de casinha? Quando brinca, a criança acaba representando situações que testemunha nos espaços que frequenta, o que envolve, inclusive, definições sobre quem vai exercer cada papel dentro de casa e como o faz. Atividades neste sentido podem ser, inclusive, um bom momento para observar a si mesmo, o coletivo e reconstruir histórias.

  • O brincar que ressignifica espaços

Através do lúdico em toda sua espontaneidade, as crianças sempre criaram maneiras diferentes de se relacionar com os espaços e objetos da casa. Neste momento em que passamos mais tempo dentro dela, nos sentimos desafiados a tornar este espaço ainda mais interessante para ser explorado com alegria e segurança. E não precisa ser nada mirabolante: estes novos olhares lúdicos sobre a casa podem até mesmo colaborar com a reinvenção da vida e ajudar a fugir do monotonismo.

  • O brincar que resgata tradições

Todo brincar carrega consigo uma longa colcha de histórias e manifestações culturais e artísticas transmitidas pelo tempo através das infâncias. Saberes lúdicos – cantigas, histórias, cirandas, brinquedos – são passados de geração em geração, muitas vezes refletindo a maneira com que determinados grupos ou famílias brincavam em suas casas e quintais em certo momento de suas histórias ou locais de origem. A forma como se brinca com uma criança é, também, um reflexo de nossas memórias. E agora pode ser a hora de resgatar alguns destes momentos e deixar florescer o brincar que é intergeracional.

  • O brincar que envolve jogos simbólicos

Pelo brincar, a criança participa de jogos simbólicos que dão luz ao modo como assimilam a realidade. Assim, muitas vezes, o brincar se torna um exercício de representação de situações da vida com que a criança, por meio do faz de conta, experimenta papéis e externaliza suas vivências. São situações domésticas, socioculturais, familiares, entre outras, que permeiam este jogo. Durante a Semana Mundial do Brincar, propomos um olhar especial para os jogos simbólicos do brincar de casinha e sua relação com o desenvolvimento das crianças.

  • O brincar que encontra o belo

Quando brincam de casinha, as crianças organizam, enfeitam e embelezam suas criações. Se pelo brincar a criança vai descobrindo a sua maneira de se relacionar com o seu entorno, é também por esse brincar o caminho de encontrar a beleza do mundo e desenvolver suas referências de criar e estar no mundo de maneira propositiva. Com seu impulso natural de criar beleza e descobrir o que é belo aos olhos, a criança inventa novos mundos possíveis, distribui suas belezas e a valoriza suas formas e cores.

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