No clima da SMB: 7 propostas de brincadeiras sem brinquedos

16 de maio de 2016

Estamos tão acostumados ao mundo onde conectamos o fazer à necessidade de coisas que é difícil acreditar que podem surgir, por exemplo, várias brincadeiras apenas da presença de duas ou mais crianças. Rodeados por tanta publicidade infantil, os brinquedos podem até parecer muito atrativos, mas nada se compara à criatividade. Basta ter mentes cheias de criatividade e um coração lúdico para se entreter e divertir já!

Essa geração de novos pais vem revisitando e revendo uma série de questões que são relacionadas à nossa infância… E as brincadeiras tem merecido uma atenção toda especial, pois é através das brincadeiras que as crianças constroem sensação de pertencimento, desenvolvem a inteligência emocional, aprendem a lidar com as frustrações (o mundo não gira em torno somente de seus pedidos e uma sensação de incomodo que possa surgir), o senso de coletivo, e das regras surgem das brincadeiras e daquelas que são em grupo.

E quais são as brincadeiras que é possível ter, sem brinquedos, ou melhor, objetos estruturados? Algumas sugestões:

 

– Brincadeiras em grupo (como o pega-pega), são brincadeiras que dependem das regras (quem é o pegador, quem é o fugitivo?)

O correr (só é possível brincar de pega-pega se souber correr), desenvolve habilidades como: relação espacial, organização estrutural (quando parar, quando desviar), e inclusive raciocínios de lógica – sobre a melhor forma de desenvolver a brincadeira tentando não ser pego. Há inúmeras variáveis no pega-pega, e as regras e a forma do jogo devem ser estabelecidos logo no começo, com todos os jogadores.

– Brincar de casinha (jogos teatrais)

Outra brincadeira clássica e tradicional, que muitas vezes não requer objetos (sejam eles estruturados/direcionados ou não). Uma caixa de papelão, um lençol e cadeiras resolvem. Essa é clássica de jogos teatrais. As crianças desenvolvem personagens, estabelecem relações diferentes dos seus papéis ocupados no dia a dia. É inclusive através dessas brincadeiras que elas vão compreender e desenvolver, por meio do imaginário, as regras e relações sociais e amadurecer questões psíquicas, como os seus desejos, seus medos e suas alegrias.

– Cientistas

A criança é investigativa por natureza, testa seus limites, suas ideias, seu corpo… e adora ressignificar alguns achados. Testam o vento, a água, o sol, as folhas. Basta um passeio em uma praça pra elas subirem numa árvore, olharem as folhas, botarem reparo que uma folha difere de outra, nos bichinhos que estão na terra. nas cores.

– Professor

É uma variável do brincar de casinha, mas no qual há uma posição de chefia, de liderança, de detentor do conhecimento e daqueles que estão para aprender.

– Contação de histórias

Contar histórias é uma ação do tempo das cavernas. Quase que intrínseco à nossa natureza. É o ato de falar e ser ouvido. De grande importância para a criança aprender a desenvolver tanto a ação de se comunicar, de se fazer entender, quanto ao importante ato de aprender a ouvir. Prestar atenção ao próximo, e desenvolver a compreensão e texto/fala.

– Telefone sem fio

Bastam 4 crianças… e a brincadeira está garantida!

– Corte/ colagem e derivações

Bom, o nome para essa brincadeira é difícil, mas deixe: papéis, lápis, tesouras, tintas e colas, purpurinas, barbantes e o que mais for possível para este momento. As crianças vão se entreter, muitas vezes criam com o material que está à disposição e colaboram para o desenvolvimento de outro brinquedo.

A Renata Amaral, inspirada pela Semana Mundial do Brincar, escreveu para o Guia fora da Casinha (parceiro da Aliança pela Infância) sete dicas para brincar, não só na SMB que se aproxima, mas também ao longo do ano todo. Vale a pena navegar pelo site e ter acesso à mais dicas e textos sobre a infância.

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