A Semana do Aprender 2022 acontece entre 14 e 20 de março, em todo o país, com o tema “Infância é tempo de aprender a confiar”. Neste ano, o tema “confiança” norteará as quatro semanas temáticas do ABCD Encantado da Infância (Aprender, cuja semana temática é realizada sempre no mês de março; Brincar, com a semana mundial que ocorre em maio; Comer, cujas atividades são impulsionadas no mês de agosto; e Dormir, encerrando o ABCD, em dezembro).
E a primeira letra deste retorno ao encantamento da infância tem como objetivo trabalhar a importância de construir vínculos e afetos positivos nas relações de aprendizagem que acontecem não apenas na escola, mas em todos os espaços em que o descobrir encanta o aprender.
Qualquer um pode produzir, compartilhar e disseminar inspirações acerca do tema durante as semanas do ABCD Encantado da Infância. Por isso, selecionamos aqui algumas brincadeiras e práticas em grupo para estimular a confiança nas crianças. Podem ser desenvolvidas por professores, pais ou cuidadores.
Cadeira quente
A atividade consiste em posicionar uma cadeira no centro de um ambiente. Uma criança começa se sentando na cadeira, enquanto as outras caminham em círculo ao redor dela. Quando o adulto indicar, a criança que estiver mais próxima da cadeira deverá dizer alguma coisa que seu colega sentado goste bastante. Podem ser práticas cotidianas, como boneca ou futebol, assim como elementos mais subjetivos, como conversar, sonhar, brincar, dançar. A ideia é fortalecer o vínculo e a autoestima dos participantes, valorizando o que há de bom e o olhar afetuoso sobre o próximo.
Círculo das adivinhações
Esta segunda atividade tem o mesmo objetivo: trabalhar a autoestima e autoconfiança a partir do vínculo com o próximo. As crianças deverão formar uma roda e escrever três características positivas que, para elas, definam o companheiro à direita. Depois disso, todas elas vão colocar o papel dobrado numa bolsa e cada uma pegará um papel. De acordo os três atributos que estiverem escritos, as criança deverão adivinhar coletivamente quem é o colega descrito.
E aqui vai uma dica importante para o adulto que estiver realizando as atividades: quando a mãe, o pai ou outro cuidador demonstram afeto, carinho e sensibilidade às manifestações da criança, ela percebe que existe uma base segura na qual pode confiar e se sente confortável, aceita como é e, consequentemente, mais protegida.
Por isso, todas essas dicas podem ser aprimoradas e adaptadas aos contextos nos quais as crianças estão inseridas, o que vale é o olhar atento e respeitoso. Afinal, a criança não precisa “caber” nessa sociedade da forma como queremos (“boazinha, educada, comportada…”) mas sim ser preparada para viver com senso crítico e colaborativo para respeitar a si mesma e aos outros.
