Como atuamos

Projetos


Apoiar projetos de seus membros é uma das formas de atuação da Aliança pela Infância

A elaboração de projetos próprios não é o objetivo principal da Aliança pela Infância. No entanto, ao longo dos anos, alguns membros do movimento sentiram a necessidade de se envolver em propostas práticas com crianças, educadores e pais. Dessa forma, hoje temos alguns projetos desenvolvidos por membros da Aliança e outros pela gestão nacional.

Este trabalho contribuiu para o reconhecimento e a visibilidade das ações do movimento nesses últimos anos e também ajudou a consolidar a atuação de seus membros. Em geral, os projetos destinam-se a pais, educadores, cuidadores, instituições, organizações e profissionais que se relacionam direta ou indiretamente com as crianças.

Financiamento

A Aliança pela Infância não financia nenhum projeto. E também não pode assumir a responsabilidade pela captação de recursos para nenhum projeto, mas se oferece como parceira e apoiadora dos mesmos. Existe ainda a possibilidade de elaboração de programas de formação em conjunto com outros membros do movimento para participação em editais públicos ou privados.

O Grupo de Gestão Institucional da Aliança é responsável pelo acompanhamento de todos os projetos desenvolvidos sob a chancela da Aliança e se disponibiliza a orientar e aconselhar seus coordenadores, no que diz respeito à captação de recursos de instituições parceiras.

 

Infância Vivenciada

Projeto capacita profissionais que atuam com crianças

Desde 2006, a Aliança pela Infância oferece o curso Infância Vivenciada – Primeira Infância. É uma capacitação social e pedagógica com duração de 120 horas, voltada a profissionais que atuam com crianças.

O curso alterna aulas teóricas e práticas e visa, sobretudo, ampliar o olhar dos profissionais sobre o desenvolvimento da criança. O curso oferece ao participante instrumental para atuar com cada fase da infância. O projeto pretende, assim, preparar educadores para educar de forma lúdica, através dos contos de fadas, da pintura, da arte, do artesanato e da música.

No início, o projeto foi orientado por Ute Craemer e conduzido pela psicóloga Patricia Gimael e pela arte-educadora Selma de Aguiar Crepaldi, na Escola Estadual Bibliotecária Maria Luísa Monteiro da Cunha, no Jardim Ester, zona oeste de São Paulo. O projeto deu tão certo que gerou o livro Infância Vivenciada, editado pela Paulinas.

A partir de 2011, o projeto foi assumido pela educadora Rosemeire Laviano e levado para outros locais. O curso já ocorreu nos bairros de Interlagos, Capela do Socorro, Grajaú e nos municípios de São Bernardo do Campo e Diadema. Mais de 200 profissionais já participaram dessa formação.

 

Fazendo Arte na Biblioteca

Arte para pais e educadores

O projeto Fazendo Arte na Biblioteca nasceu em 2009 de uma parceria entre a Aliança pela Infância e a Universidade Aberta do Meio Ambiente e da Cultura de Paz (UMAPAZ). A partir de então, mensalmente foram realizados encontros no Espaço Sapucaia-Biblioteca.

Nesses momentos, eram realizadas oficinas voltadas para mães, pais, educadores ou outros interessados. Crianças também participavam. A cada encontro um artista ou arte-educador conduzia as atividades. Eram contações de histórias, teatros, circo, oficinas de trabalhos manuais, danças, música, etc. O objetivo era proporcionar vivências lúdico-pedagógicas como proposta de integração social.

Em 2012, em virtude da reforma nas instalações da UMAPAZ, o projeto transferido para a Biblioteca Monteiro Lobato, a mais antiga biblioteca infantil do país. Os encontros prosseguiram por mais um ano, conduzidos pelo Núcleo São Paulo.

Em 2013, as atividades do projeto foram suspensas e serão retomas em fevereiro de 2015.

 

Arte é cultura de paz

Difundir a cultura de paz por meio da arte é o grande objetivo do projeto

A Aliança pela Infância promove, através de Teresa Klain e Maria Alice Proença, o projeto Arte é Cultura de Paz, em parceria com o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM). A ação propicia a educadores da rede pública, de organizações sociais e da Fundação Casa acesso aos cursos oferecidos pelo Museu. A partir daí, eles se transformam em multiplicadores e desenvolvem projetos ligados à arte com as crianças e adolescentes com que trabalham. É uma forma de difundir a cultura de paz por meio da arte.

Uma longa história

O projeto teve início em 2007 e se alinhava à agenda da “Década de Cultura de Paz” proposta pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

Durante dois anos, Rosa Schoenmaker, Teresa Klain e Maria Alice Proença visitaram as instituições de apoio a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Entre elas, estavam a Fundação Casa, o Programa Einstein da Comunidade de Paraisópolis, as Casas de Cultura e Cidadania da Eletropaulo, o Instituto Sou da Paz, o Projeto Criança Esperança da Vila Brasilândia e a Liga solidária/Liga das Senhoras Católicas.

Durante esta fase, as coordenadoras realizaram oficinas de artes com as crianças e adolescentes e buscaram sensibilizar os participantes para a estética e a arte. Dois anos depois, era o momento de mostrar os resultados.

Foi, então, organizada a exposição “Arte é Parte da Paz”, na Marquise do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), no Parque Ibirapuera. No dia 14 de novembro de 2009, a exposição foi aberta com a presença de Milu Vilela, presidente do MAM, Ute Craemer, fundadora da Aliança pela Infância e Adriana Friedmann, co-fundadora da Aliança. Foram apresentados 48 painéis coletivos, elaborados pelos integrantes das instituições durante os dois anos do projeto.

Projeto que continua

O projeto deu tão certo que a parceria entre a Aliança e o MAM prosseguiu pelos últimos anos. Teresa e Maria Alice deram continuidade ao projeto de levar a arte a instituições e escolas públicas. E, com isso, possibilitar o acesso a milhares de crianças e adolescentes às magníficas exposições do Museu de Arte Moderna e a sensibilização dos pequenos pela arte.

 

Contar histórias com arte

Arte na periferia de São Paulo

Desde 2008 a Aliança desenvolve o projeto Contar história com arte, em três escolas públicas do Jardim Ângela, zona sul da capital paulista. O bairro já foi considerado um dos mais violentos de São Paulo.

Edna Blaich, que executa o projeto, narra histórias para crianças do primeiro ao quarto ano do Ensino Fundamental. São selecionados contos clássicos adequados para cada faixa etária. O projeto estimula a imaginação, o gosto pela leitura, a capacidade de ouvir e a convivência.

Além de ouvirem os contos, as crianças desenham com lápis de cera imagens que ressoam da escuta da história. O projeto inclui ainda versos, canções e a produção de pequenas peças de teatro, que enfatizam as estações do ano e os ciclos da vida.

A partir da pedagogia Waldorf, as crianças são inseridas na cultura milenar contida nos contos. Dessa forma, o projeto utiliza a arte e a contação de histórias como forma de atingir a criança e colaborar para a construção de valores éticos.

 

Criança abrigada

A Declaração dos Direitos da Criança diz que toda criança tem direito à educação, cuidados de saúde e proteção especial

Partindo dessa premissa, A Aliança pela Infância, através de Suzana Soares e Patrícia Gimael, desenvolve desde 2012 o projeto “Arte, Educação e Cuidados para Crianças Abrigadas”. O objetivo é garantir direitos que parecem tão simples a bebês que estão em abrigos, em São Paulo. Parecem simples, mas a realidade das crianças abrigadas mostra que estão longe de ser garantidos. A maioria dessas crianças não recebe os cuidados necessários.

O projeto visa instrumentalizar o educador para introduzir no cotidiano de abrigos estratégias de arte-educação e atividades que colaborem para o desenvolvimento sadio de crianças de 1 a 6 anos.

Para isso, utiliza os princípios de abordagem desenvolvidos na década de 1940 pela médica húngara Emmi Pikler, que trabalhava com crianças vítimas da Guerra. Ela afirmava que o adulto deveria estabelecer uma relação de confiança, diálogo e interação com o bebê durante os principais cuidados, como banho, troca de fraldas e alimentação.

Além disso, o projeto, seguindo o pensamento de Emmi Pikler, propõe que o espaço seja organizado para que o bebê possa, desde muito cedo, se movimentar com mais liberdade. Isso irá proporcionar melhor desenvolvimento motor e maior autonomia, já que a criança conquista cada posição por si mesma, na medida em que é capaz de manter sua postura.

Inovações
Em 2012, o projeto foi desenvolvido em quatro abrigos de São Paulo, em parceria com o IMPAES (apoio institucional) e com o Instituto Fazendo História, através de seu Projeto Palavra de Bebê. Em 2013 o trabalho foi desenvolvido com duas instituições de acolhimento: o Lar Nefesh e Amamos.

A nova versão do projeto trouxe inovações. A decisão de trabalhar com a metade do número de abrigos possibilitou o dobro de carga horária nos encontros de formação dos educadores e equipe técnica. Isso permitiu maior aprofundamento. Também foram acrescentadas duas visitas anuais ao Instituto Tomie Ohtake, onde os participantes terão contato com a exposição de arte e participarão de oficinas de artes.

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